Fotos: Mari Chiba - Curuçá/PA
Foi o cantar de um galo, como nos livros infantis, que me acordou naquela manhã fria. Tão fria que não acreditava que havia amanhecido. Foram os feixes de luz do sol, que passaram pelas frestas da porta e pelas telhas levemente afastadas, que me fizeram ter certeza que era dia.
Do lado de fora da casa, mal pude ver o galo que me acordara. A neblina tomava conta do cenário e as folhas e flores pingavam gotas de orvalho. E os moradores de lá seguiam, de bicicleta, para mais um dia de trabalho. Eu só podia ouvir o barulho das pedaladas.
Não muito tempo depois, sons começavam a ser emanados da cozinha. A vassoura que limpava o chão de cimento queimado, os talheres que eram enxugados, a panela de pressão que apitava. A casa que se preparava para o almoço. Pratos esmaltados e canecas de alumínio organizados sobre a mesa, coberta com uma grande e florida toalha.
Depois do almoço, pude ver o tempo passar, sentado em um banco sob um pé de jambo e ouvindo histórias de vida, e esperei o pão quentinho no final da tarde para acompanhar o café. Quando a noite chegou, me arrepiei de novo com o frio e quis o aconchego dos lençóis.
Na manhã seguinte, o mesmo cantar de galo. E o dia seguiu lento e delicado. As sensações e percepções se renovaram e me encantei, novamente, com a simplicidade daquela vida.
4 comentários:
Mais o que é aquela casa? O:
gente, muito linda. :D
Meninos, que delícia o texto! Quem o escreveu? Não encontrei o crédito.
Outra coisa, a casa, linda de viver... curioso é que conheci uma casa, senão idêntica muito parecida com essa, só que no Apeú... com um igarapé divino. Fiquei feliz em relembrar aqui daquele lugar mágico. Será mesmo que não é a mesma?
O blog tá lindo demais.
bjs,
Sil.
Que fofura! Parece uma casinha de boneca! ^^
Oh texto bom de ser ler!!! E a casa então... lindinha! O blog atualizado está ótimo. Parabens para vocês.
Marina.
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